Relatório
do Filme “A Rede Social”
Introdução
Durante
algumas sessões de CLC 5, fizemos o visionamento do filme The Social
Network (A Rede Social), o qual conta a história de um génio da
informática, Mark Zuckerberg, que ultrapassou todas as barreiras e
driblou os sistemas de segurança criados por mestres da informática
num piscar de olhos, acabando por criar aquela que é hoje a maior
rede social virtual do planeta, o “Facebook”. Uma rede social é
um conjunto de relações e intercâmbios entre indivíduos, grupos
ou organizações que partilhem interesses, que funcionam na sua
maioria através de plataformas da internet. Hoje em dia, a internet
é considerada como a “Auto-Estrada” da informação.
O filme
mostra como surgiu a ideia de se criar uma rede social onde todas as
pessoas se possam conhecer melhor, conhecer pessoas novas para
poderem conversar, ou seja, partilharem informação, conhecimentos,
interesses e esforços em busca de objectivos comuns. As relações
entre indivíduos e o conflito entre estes e as novas formas de
organização social construídas com o alvorecer do século XXI, o
filme “A Rede Social”, oferece uma possibilidade de análise,
sobre o impacto do surgimento das redes sociais virtuais. Criadas com
o intuito de aproximar as pessoas e de tornar acessíveis espaços e
grupos antes considerados exclusivos, as redes sociais têm produzido
efeitos diferenciados na sociedade contemporânea.
Com a
expansão da informática e a criação de redes sociais, os “mass
media”, que são um conjunto de técnicas de difusão de mensagens
culturais, informativas, ou publicitárias, destinadas ao grande
público, tais como, meios de comunicação social, entre outros,
transformaram-se em forças poderosas que não se limitam ao campo
meramente informativo, mas tendem a modificar a mentalidade, a
cultura e o comportamento do homem, que por vezes cortam ou relegam
para segundo plano o diálogo entre pessoas. Inventam-se novos
valores, despertam-se novos interesses, criam-se imagens de
bem-estar. Chegam de todo o lado, invadem os nossos espaços e tempo
de lazer, ou seja, já não somos capazes de viver sem os “mass
media”.
Opinião
A
maior contradição apresentada pelo filme consiste em que o criador
da maior rede social virtual do planeta é, acima de tudo, uma pessoa
solitária, um nerd. O que nos permite refletir um pouco sobre os
efeitos trazidos pelas novas formas de reconfiguração das relações
sociais assistidas na modernidade. Dito isto, o filme é extremamente
feliz em propiciar essa reflexão ao terminar com uma cena onde Mark
Zuckerberg está sozinho numa sala em frente ao monitor do seu
computador a solicitar amizade à sua antiga namorada, enquanto todos
os outros seus colegas estão em diferentes espaços de convívio
social. O filme permite ainda a percepção sobre os impactos dessas
novas tecnologias na construção daquilo que já se chama hoje
de sociedade virtual.
Uma das cenas que mais
apreciei no filme “A Rede Social”, foi a luta dos irmãos gémeos
Winklevoss, Cameron e Tyler, juntamente com o seu parceiro da equipa
de remo, Divya Narenda, terem defendido em tribunal que também eles
eram parte integrante da criação do “Facebook”, pois foi
através da pretensão destes, que ao tomarem conhecimento das
performances informáticas de Mark
Zuckerberg, pela
criação
do “FaceMash”, o qual estava a ter muito sucesso na comunidade
escolar, onde os estudantes homens escolhiam quais das estudantes
apresentadas, eram as mais atraentes, depois de este ter invadido as
bases de dados de vários servidores da universidade, onde acabou por
sacar as fotos e nomes das estudantes em apenas algumas horas, usando
para o efeito um algoritmo dado pelo seu melhor amigo de quarto, uma
vez que os gémeos pretendiam desenvolver um site de relacionamento
“Havard Connection” razão pela qual, contactaram Mark como
programador do mesmo. As ideias dos gémeos sobre a criação do site
de relacionamento, foi transmitida a Mark, que acabou
por juntar os seus conhecimentos do site “FaceMash”, com as
ideias dos gémeos, surgindo como resultado dessa
fusão de ideias, aquilo que conhecemos hoje como a
maior rede social “Facebook”. A minha justificação para este
facto é de que “o resultado final de um produto é o resultado de
várias ideias trabalhadas”, cuja propriedade é pertença de todas
as pessoas envolvidas.
Uma das cenas que menos
apreciei no filme foi o facto de Mark
Zuckerberg ter deixado pelo caminho da construção da maior rede
social do planeta, o seu melhor colega e amigo Eduardo
Saverin, pois sem este, não teria sido possível ao Mark criar o
Facebook. Eduardo foi o impulsionador da criação do “FaceMash”,
através do seu algoritmo e do seu esforço financeiro inicial, o
qual fez com que mais tarde e com a concordância e reconhecimento
de Mark, após o registo da empresa “TheFacebook”, aquele fosse o
primeiro “Diretor Financeiro”, face ao seu empenho. A situação
da separação, só aconteceu porque apareceu entretanto no caminho
de ambos o Sean Parker, co-fundador do Napster, falido, e
apercebendo-se das potencialidades do site de relacionamentos, acaba
por sugerir ao Mark, a retirada do “The”, ficando apenas
“Facebook”, tal como o conhecemos hoje, razão pela qual acabou
por ficar na sociedade da empresa e onde acabou por afastar um dos co-fundadores, Eduardo
Saverin. A minha justificação para este facto é de que a atitude
do Mark, não foi digna de um verdadeiro amigo e colega, até porque
o arranque inicial de tudo isto sem o Eduardo, teria sido impossível
para o Mark. As pessoas devem criar sociedades em empresas com o
principio da boa fé, caso contrário serão penalizadas, tal como
aconteceu ao Mark, que foi processado em tribunal pelo seu melhor
amigo Eduardo, onde este acabou por receber uma quantia em dinheiro,
cujo valor se desconhece, face ao acordo havido entre ambos e
aconselhado pela advogada de Mark.
Pequena
introdução do filme
O filme
The Social Network (A Rede Social),
foi adaptado do livro “Bilionários
Por Acaso”, de Ben
Mezrich, cujo guião foi de Aron Sorkin,
e onde nenhum dos funcionários do Facebook, ou o seu fundador Mark
Zuckerberg, se tenham envolvido na produção do filme, embora
Eduardo Saverin tenha sido um consultor para o livro de Mezrich. O
filme tem um
método narrativo que mostra Mark Zuckerberg respondendo em dois
processos: um feito pelos Winklevoss e o outro pelo amigo de quarto
da Universidade de Havard, Eduardo Saverin. Na última cena, uma das
advogadas de Mark aconselha-o a fazer um acordo com o Eduardo, já
que os detalhes da fundação do Facebook e a personalidade de Mark
fariam o júri ficar contra eles. Segundo ela, Mark perderia o júri
nos primeiros cinco minutos da audiência, o que seria terrível.
Sinopse
A Rede Social
mostra a incrível história
de um jovem nerd que se tornou milionário graças a uma ideia
inovadora. Jesse
Eisenberg faz uma
belíssima interpretação nos cinemas ao encarnar Mark
Zuckerberg, génio
em programação de computadores e graduado na Universidade de
Harvard, que numa noite de outono do ano de 2003 decide colocar em
prática um novo projeto. No furor dos blogues e programação, o que
começou no seu quarto da universidade, logo se torna numa rede
social global e numa revolução na
comunicação, que se tornaria um grande sucesso seis anos depois.
Pois é, mas depois de reunir mais
de 500 milhões de “amigos”
e de fazer com que o Facebook
se tornasse mundialmente conhecido, Mark começa a ter complicações
na sua vida social e profissional.
Ficha
Técnica
Com o título
“The Social
Network” em
inglês e em português “A
Rede Social”, é
um filme Americano (E.U.A.) de Dois
mil e Dez, cujo
realizador
foi David Fincher, onde teve como elenco de personagens
principais Mark
Zuckerberg (Jesse Eisenberg), Eduardo Saverin (Andrew Garfield),
Cameron Winklevoss
(Armie Hammer),
Tyler Winklevoss (Josh Pence), Divya Narendra (Max Minghella), Sean
Parker (Justin Timberlake), Christy Lee (Brenda Song), Erica (Rooney
Mara) e Amelia Ritter (Dakota Johnson), a classificação
de género foi
Drama e a empresa de
Produção/Distribuição
foi a Columbia Pictures.
Conclusão
Depois de visualizar este
filme, fiquei com um conhecimento mais profundo da história da
criação da maior rede social do mundo “Facebook” e da forma
como esta rede veio alterar o perfil das inter-ligações humanas.
Essa relação deixa de ser física e passa a não precisarmos de
estarmos presentes para entrarmos em contacto com as outras pessoas,
ou seja, passa a ser tudo “online”. Esta rede veio também
desenvolver uma noção de identidade eletrónica própria, devido a
ter que se utilizar informações pessoais, gostos e interesses para
se criar um perfil.
Neste momento milhões de
utilizadores estão ligados entre si através das diversas redes
sociais existentes, mostrando o seu trabalho, divulgando as suas
ideias, fazendo amigos etc. O fundamental é que, sem dúvida alguma
as redes sociais são um excelente meio de divulgação e
principalmente gratuito. Quantos de nós não temos uma costela
artística e nunca nos foi dada a possibilidade de nos apresentarmos
ao mundo, pois os custos para esta auto-promoção são elevados e/ou
o nosso trabalho nunca foi reconhecido, talvez por não termos os
contactos das pessoas certas. O facto é que desta forma o nosso
público é o mundo, o qual, através das redes sociais, tem dois
lados, um positivo, onde alargamos a nossa vida pessoal e
profissional a um role de pessoas quase infinito e claro o outro com
a desvantagem de que a nossa vida passa quase em directo na Internet
e onde todo o mundo toma conhecimento.
As Tecnologias de Informação
e Comunicação estão em constante evolução é o que se vê
durante o filme desde o início até ao fim. Tudo começou com uma
brincadeira e acabou numa rede social à escala mundial.
Compreender
o mundo que nos é oferecido pelos meios de comunicação social é
extremamente importante para que se possa continuar a ser homens
individuais, criadores e dotados de uma personalidade própria.
F.J.A.D. 22/11/2015