quinta-feira, 26 de novembro de 2015

“A Rede Social”



Relatório do Filme “A Rede Social”

 
Introdução

Durante algumas sessões de CLC 5, fizemos o visionamento do filme The Social Network (A Rede Social), o qual conta a história de um génio da informática, Mark Zuckerberg, que ultrapassou todas as barreiras e driblou os sistemas de segurança criados por mestres da informática num piscar de olhos, acabando por criar aquela que é hoje a maior rede social virtual do planeta, o “Facebook”. Uma rede social é um conjunto de relações e intercâmbios entre indivíduos, grupos ou organizações que partilhem interesses, que funcionam na sua maioria através de plataformas da internet. Hoje em dia, a internet é considerada como a “Auto-Estrada” da informação.
O filme mostra como surgiu a ideia de se criar uma rede social onde todas as pessoas se possam conhecer melhor, conhecer pessoas novas para poderem conversar, ou seja, partilharem informação, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objectivos comuns. As relações entre indivíduos e o conflito entre estes e as novas formas de organização social construídas com o alvorecer do século XXI, o filme “A Rede Social”, oferece uma possibilidade de análise, sobre o impacto do surgimento das redes sociais virtuais. Criadas com o intuito de aproximar as pessoas e de tornar acessíveis espaços e grupos antes considerados exclusivos, as redes sociais têm produzido efeitos diferenciados na sociedade contemporânea.
Com a expansão da informática e a criação de redes sociais, os “mass media”, que são um conjunto de técnicas de difusão de mensagens culturais, informativas, ou publicitárias, destinadas ao grande público, tais como, meios de comunicação social, entre outros, transformaram-se em forças poderosas que não se limitam ao campo meramente informativo, mas tendem a modificar a mentalidade, a cultura e o comportamento do homem, que por vezes cortam ou relegam para segundo plano o diálogo entre pessoas. Inventam-se novos valores, despertam-se novos interesses, criam-se imagens de bem-estar. Chegam de todo o lado, invadem os nossos espaços e tempo de lazer, ou seja, já não somos capazes de viver sem os “mass media”.

Opinião

A maior contradição apresentada pelo filme consiste em que o criador da maior rede social virtual do planeta é, acima de tudo, uma pessoa solitária, um nerd. O que nos permite refletir um pouco sobre os efeitos trazidos pelas novas formas de reconfiguração das relações sociais assistidas na modernidade. Dito isto, o filme é extremamente feliz em propiciar essa reflexão ao terminar com uma cena onde Mark Zuckerberg está sozinho numa sala em frente ao monitor do seu computador a solicitar amizade à sua antiga namorada, enquanto todos os outros seus colegas estão em diferentes espaços de convívio social. O filme permite ainda a percepção sobre os impactos dessas novas tecnologias na construção daquilo que já se chama hoje de sociedade virtual.
Uma das cenas que mais apreciei no filme “A Rede Social”, foi a luta dos irmãos gémeos Winklevoss, Cameron e Tyler, juntamente com o seu parceiro da equipa de remo, Divya Narenda, terem defendido em tribunal que também eles eram parte integrante da criação do “Facebook”, pois foi através da pretensão destes, que ao tomarem conhecimento das performances informáticas de Mark Zuckerberg, pela criação do “FaceMash”, o qual estava a ter muito sucesso na comunidade escolar, onde os estudantes homens escolhiam quais das estudantes apresentadas, eram as mais atraentes, depois de este ter invadido as bases de dados de vários servidores da universidade, onde acabou por sacar as fotos e nomes das estudantes em apenas algumas horas, usando para o efeito um algoritmo dado pelo seu melhor amigo de quarto, uma vez que os gémeos pretendiam desenvolver um site de relacionamento “Havard Connection” razão pela qual, contactaram Mark como programador do mesmo. As ideias dos gémeos sobre a criação do site de relacionamento, foi transmitida a Mark, que acabou por juntar os seus conhecimentos do site “FaceMash”, com as ideias dos gémeos, surgindo como resultado dessa fusão de ideias, aquilo que conhecemos hoje como a maior rede social “Facebook”. A minha justificação para este facto é de que “o resultado final de um produto é o resultado de várias ideias trabalhadas”, cuja propriedade é pertença de todas as pessoas envolvidas.
Uma das cenas que menos apreciei no filme foi o facto de Mark Zuckerberg ter deixado pelo caminho da construção da maior rede social do planeta, o seu melhor colega e amigo Eduardo Saverin, pois sem este, não teria sido possível ao Mark criar o Facebook. Eduardo foi o impulsionador da criação do “FaceMash”, através do seu algoritmo e do seu esforço financeiro inicial, o qual fez com que mais tarde e com a concordância e reconhecimento de Mark, após o registo da empresa “TheFacebook”, aquele fosse o primeiro “Diretor Financeiro”, face ao seu empenho. A situação da separação, só aconteceu porque apareceu entretanto no caminho de ambos o Sean Parker, co-fundador do Napster, falido, e apercebendo-se das potencialidades do site de relacionamentos, acaba por sugerir ao Mark, a retirada do “The”, ficando apenas “Facebook”, tal como o conhecemos hoje, razão pela qual acabou por ficar na sociedade da empresa e onde acabou por afastar um dos co-fundadores, Eduardo Saverin. A minha justificação para este facto é de que a atitude do Mark, não foi digna de um verdadeiro amigo e colega, até porque o arranque inicial de tudo isto sem o Eduardo, teria sido impossível para o Mark. As pessoas devem criar sociedades em empresas com o principio da boa fé, caso contrário serão penalizadas, tal como aconteceu ao Mark, que foi processado em tribunal pelo seu melhor amigo Eduardo, onde este acabou por receber uma quantia em dinheiro, cujo valor se desconhece, face ao acordo havido entre ambos e aconselhado pela advogada de Mark.

Pequena introdução do filme

O filme The Social Network (A Rede Social), foi adaptado do livro “Bilionários Por Acaso”, de Ben Mezrich, cujo guião foi de Aron Sorkin, e onde nenhum dos funcionários do Facebook, ou o seu fundador Mark Zuckerberg, se tenham envolvido na produção do filme, embora Eduardo Saverin tenha sido um consultor para o livro de Mezrich. O filme tem um método narrativo que mostra Mark Zuckerberg respondendo em dois processos: um feito pelos Winklevoss e o outro pelo amigo de quarto da Universidade de Havard, Eduardo Saverin. Na última cena, uma das advogadas de Mark aconselha-o a fazer um acordo com o Eduardo, já que os detalhes da fundação do Facebook e a personalidade de Mark fariam o júri ficar contra eles. Segundo ela, Mark perderia o júri nos primeiros cinco minutos da audiência, o que seria terrível.

Sinopse

A Rede Social mostra a incrível história de um jovem nerd que se tornou milionário graças a uma ideia inovadora. Jesse Eisenberg faz uma belíssima interpretação nos cinemas ao encarnar Mark Zuckerberg, génio em programação de computadores e graduado na Universidade de Harvard, que numa noite de outono do ano de 2003 decide colocar em prática um novo projeto. No furor dos blogues e programação, o que começou no seu quarto da universidade, logo se torna numa rede social global e numa revolução na comunicação, que se tornaria um grande sucesso seis anos depois. Pois é, mas depois de reunir mais de 500 milhões de “amigos” e de fazer com que o Facebook se tornasse mundialmente conhecido, Mark começa a ter complicações na sua vida social e profissional.

Ficha Técnica

Com o títuloThe Social Network” em inglês e em português “A Rede Social”, é um filme Americano (E.U.A.) de Dois mil e Dez, cujo realizador foi David Fincher, onde teve como elenco de personagens principais Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), Eduardo Saverin (Andrew Garfield), Cameron Winklevoss (Armie Hammer), Tyler Winklevoss (Josh Pence), Divya Narendra (Max Minghella), Sean Parker (Justin Timberlake), Christy Lee (Brenda Song), Erica (Rooney Mara) e Amelia Ritter (Dakota Johnson), a classificação de género foi Drama e a empresa de Produção/Distribuição foi a Columbia Pictures.

Conclusão

Depois de visualizar este filme, fiquei com um conhecimento mais profundo da história da criação da maior rede social do mundo “Facebook” e da forma como esta rede veio alterar o perfil das inter-ligações humanas. Essa relação deixa de ser física e passa a não precisarmos de estarmos presentes para entrarmos em contacto com as outras pessoas, ou seja, passa a ser tudo “online”. Esta rede veio também desenvolver uma noção de identidade eletrónica própria, devido a ter que se utilizar informações pessoais, gostos e interesses para se criar um perfil.
Neste momento milhões de utilizadores estão ligados entre si através das diversas redes sociais existentes, mostrando o seu trabalho, divulgando as suas ideias, fazendo amigos etc. O fundamental é que, sem dúvida alguma as redes sociais são um excelente meio de divulgação e principalmente gratuito. Quantos de nós não temos uma costela artística e nunca nos foi dada a possibilidade de nos apresentarmos ao mundo, pois os custos para esta auto-promoção são elevados e/ou o nosso trabalho nunca foi reconhecido, talvez por não termos os contactos das pessoas certas. O facto é que desta forma o nosso público é o mundo, o qual, através das redes sociais, tem dois lados, um positivo, onde alargamos a nossa vida pessoal e profissional a um role de pessoas quase infinito e claro o outro com a desvantagem de que a nossa vida passa quase em directo na Internet e onde todo o mundo toma conhecimento.
As Tecnologias de Informação e Comunicação estão em constante evolução é o que se vê durante o filme desde o início até ao fim. Tudo começou com uma brincadeira e acabou numa rede social à escala mundial.
Compreender o mundo que nos é oferecido pelos meios de comunicação social é extremamente importante para que se possa continuar a ser homens individuais, criadores e dotados de uma personalidade própria.

F.J.A.D. 22/11/2015

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