segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

"O meu Algarve"

"O meu Algarve"



Neste domínio de referência foi-nos proposto, pela professora, a leitura e interpretação do poema de João Lúcio “O meu Algarve”, e que fosse selecionado um conjunto de imagens que permitissem imortalizar o mesmo.



"Para te adormecer, Deus pôs-te perto o mar,
E, para fecundar a tua fantasia, 
No vasto palco azul, erguido nos espaços,
Fez mais belo para ti o drama em oiro- o Dia,
E deu, pra te abraçar, á luz, mais fortes braços."



"Como verga uma flor na haste delicada,
E onde os lírios são amigos das crianças.
Numa amizade sã, divina, imaculada,
Algarve, onde os perfis, romanescos, dolentes,
Têm um ar de sonho e de fadiga mole,
E parecem abrir-se em curvas indolentes,
Como flores também, ao palpitar do Sol...
Campos de um verde álacre, onde zumbem as cores,
Onde transborda a seiva, alegres e felizes:
Na luxúria de Luz dos tropicais países."









"Terras dos figueirais e das vinhas Formosas
Do luas novelesco, embriagante, albente,
Onde o Sol sensual cansa os nervos das rosas,
Numa volúpia de oiro intensa,absorvente... "


"Costas do meu Algarve, onde é tão terno o mar,
Dum veemente de luz, quando o sol cobre tudo..."
 "Com neblinas de prata, ao nascer do luar,
Espumantes de luz, quando o sol cobre tudo... "


"Costas azuis de sonho, onde os navios parecem
Lírios que vão boiando e voando serenos,
E as velas, correndo, ao longe se esmaecem 
E semelham, assim, uns malmequeres pequenos...
Canta suavemente a água, sob as quilhas,
Com um vago rumor, centinosa e azul,
As líquidas canções, as finas baladinhas 
Deste mar sonhador, do meigo mar do Sul
Como to és diferente, oh mar doce e saudoso,
Oh mar do meu Algarve, enternecido mar,
Que esmaga os navios para os poder roubar!"


"E semelham, assim, uns malmequeres pequenos...
Canta suavemente a água, sob as quilhas,
Com um vago rumor, centinosa e azul,
As líquidas canções, as fina baladilhas"
"Do sinistro oceano escuro e ardiloso"



       

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