Após a leitura dos textos
que me foram facultados, “Arte: como defini-la?” e “ A experiência estética”,
verifiquei que a experiência estética está relacionada com a arte na medida em
que a mesma está associada ao estético. Por outras palavras, mostra-nos como é
necessário que tenhamos uma mente aberta, deixando para trás as convicções do
que é belo, das cores ou das formas ditas normais.
A afirmação ”Aquilo que agrada ao nosso gosto não é necessariamente uma obra de arte” quer dizer, para mim, que cada pessoa é única e o sentimento envolvido para definir o seu padrão de gosto também é diferente.
A afirmação ”Aquilo que agrada ao nosso gosto não é necessariamente uma obra de arte” quer dizer, para mim, que cada pessoa é única e o sentimento envolvido para definir o seu padrão de gosto também é diferente.
Desde o início dos tempos que o ser humano possui a
necessidade de expressar e traduzir as suas emoções, histórias e culturas
através das artes.
Todo o ser humano tem os seus gostos, mas nem todos
gostamos do mesmo, ou seja, o que para mim é belo pode não o ser para os
outros, da mesma maneira que qualquer obra de arte poderá não ir ao encontro do
meu gosto.
Para este efeito, dou como exemplo
concreto um painel de azulejos do artista Rosário Silva, que se encontra em
Lagos na parede do CTT.
Painel de
azulejos do artista Rosário Silva
É um mosaico de cromatismo
saturado que apresenta cores muito intensas e vivas. Um trabalho colorido com a
qual me identifico no sentido estético assim como no tempo.
Esta obra reporta à minha cidade, Lagos. No painel estão
representados elementos naturais como a costa atlântica e as nossas bonitas
praias, criaturas marinhas que remetem para situação geográfica de Lagos assim
como envolve o tema que representa o ícone do CTT, um corneteiro a cavalo,
simbolizando a velocidade, a ligação e a aproximação que conseguimos ao enviar
uma carta. O que me diz bastante pelo facto de gostar, ainda hoje, enviar e
receber cartas, apesar de utilizar as novas tecnologias.
Para mim, é muito importante que ao observar uma
manifestação artística esta me transmita sentimentos quer sejam positivos ou
negativos e julgo que isto acontecerá com qualquer pessoa.
Uma das situações que julgo
como uma expressão artística é o trabalho de António Variações que considero um
artista completo. Interpretava, compunha, cantava, de uma forma muito própria.
Para muitas pessoas, é considerado um artista “à frente” no seu tempo e também
incompreendido por muitas outras pessoas. Esta excentricidade está patente em
quase todas as suas composições como por exemplo,
“Fiz dos teus cabelos a minha bandeira
“Fiz dos teus cabelos a minha bandeira
Fiz do teu
corpo o meu estandarte
Fiz da tua
alma a minha fogueira
E fiz, do
teu perfil, as formas de arte”
Excerto da canção – “Todos têm Amália na voz”
Na minha opinião, só lhe foi
dado o devido valor muito posteriormente. Quando eu era pequena muitos quadros
pintei a minha mãe decorou a nossa casa com os mesmos e, até hoje, eles estão
lá. Para ela são considerados grandes obras de arte. Transmitem-lhe muitos
sentimentos.
O mesmo acontece comigo, hoje em dia, pinturas, desenhos
e outros trabalhos dos meus filhos são guardados e expostos como autênticas
obras de arte, no entanto, reconheço que só o são para mim.
Para concluir uma obra de arte depende do contexto
histórico e cultural e do próprio significado ambíguo e discutível de arte.
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